
Já parou para pensar que comunicar não é falar, mas direcionar? Quantos falam, mas não sabem por quê. Será que estamos apenas enchendo o espaço e rompendo silêncios ou ecoando um propósito que nos atravessa?
Viver com propósito reduz estresse, sintomas de depressão e ansiedade, e fortalece a saúde mental segundo a American Psychiatric Association (APA). Já uma pesquisa publicada no Journal of Psychosomatic Research, mostra que o propósito está associado a menor risco de doenças crônicas e até de morte prematura. E um outro estudo da Universidade da Califórnia mostra que pessoas com alto senso de propósito tem 28% menos risco de desenvolver demência ao longo de 15 anos de acompanhamento. Ou seja: o propósito não é filosofia distante, ele impacta diretamente corpo e mente.
Se propósito transforma a vida, imagine o impacto quando ele alicerça a comunicação? Falo como quem vive: não basta dizer algo, tem que saber para quê. O propósito é a estrela-guia. O psiquiatra Viktor Frankl, sobrevivente dos campos de concentração e autor do clássico Em Busca de Sentido (1946), já dizia: quem tem um “porquê” suporta quase qualquer “como”. Na comunicação, esse “porquê” dá clareza e consistência: ele não deixa a mensagem boiar, nem você se perder entre ruídos.
Imagine uma roda de capoeira. No centro, duas vozes se cruzam: a de uma aluna, ainda insegura, e a da mestra, firme. A fala da mestra não é só “corrigir o movimento”. Ela sabe o propósito: incutir força, tradição, ancestralidade. É esse propósito que transforma o golpe em legado.
Por tudo isso, o propósito também é um dos pontos centrais do método que aplico na área de media training: o 3Ps preparo, presença e propósito. Ele garante que a comunicação não seja apenas técnica, mas viva, conectada, saborosa e impactante.
Comunicar com propósito é existir com presença. É mais do que informar: é tocar, tirar do piloto automático, fazer pensar. É dendê na fala: apimentada, deliciosa e ainda assim nutritiva.
E você: qual é o propósito que norteia o seu Pittaco hoje?