Já reparou como até a mensagem mais incrível pode se perder sem preparo? Eu observo: muitos falam do improviso como virtude, mas poucos percebem que é o preparo que dá segurança e diz onde você vai chegar.

A oratória eficiente, ou seja, uma comunicação autêntica, assertiva e efetiva,  é um diferencial no mercado de trabalho, favorecendo não só a imagem do profissional como também o desempenho das organizações. A clareza na fala é sinônimo de credibilidade e confiança. Quanto você acredita num engenheiro, médico, político ou contador que titubeia ao ler e explicar uma questão?

É interessante que até mesmo no momento de divergir o preparo tem relevância No campo da mediação de conflitos,  ter um plano é fundamental para separar interesses de problemas, manter foco e avançar em negociações complexas.

Mas, cuidado: preparar não é decorar falas, é estruturar, conhecer o terreno, escolher as palavras certas, até sentir o que o outro precisa ouvir e adequar a sua autenticidade, ao seu jeito de se expressar.. Eu falo como quem vive: entrar em cena sem preparo é como dançar sem saber a música. Pode dar certo? Pode, mas o risco é grande da fala ficar frágil, dispersa, sujeita a ser levada por qualquer vento. Imagine numa apresentação em uma sala de aula. Uma professora que domina o conteúdo, ensaiou os pontos chave, conhece suas falas e seu público. Isso não só passa segurança, conecta, convence, transforma. O preparo é a estrutura invisível que sustenta toda a mensagem, é a costura que transforma voz em legado.

E é claro: preparo também é um dos pilares do método que aplico na área de media training: o 3Ps preparo, presença e propósito. É ele que garante que a comunicação não seja só técnica, mas viva, certeira e cheia de impacto.

Aquela sensação de “tudo correndo redondo” não é obra do acaso é efeito de preparo. E você: quando foi a última vez que preparou sua fala com o mesmo cuidado com que prepara uma comida especial para um convidado?